Quando nos defrontamos com uma situação muito difícil, a tendência da mente humana, mesmo em pessoas saudáveis, é escapar para um mundo de fantasia, onde tudo de torna possível e colorido.
Às vezes, literalmente sonhamos acordados. Fugimos para uma realidade paralela e que muitas vezes, nos oferece certo alívio p nossas dores. E está tudo certo, isso faz parte dos mecanismos psicológicos normais. Ninguém consegue ficar saudável e ao mesmo tempo, permanecer 100% do tempo preso à realidade !
O problema começa quando a fantasia suplanta a realidade e a nossa capacidade de discernir entre o que é real do que é mero pensamento mágico e infantil. O segundo, necessariamente vai nos trazer frustrações porque por mais que a realidade seja difícil e nos imponha sofrimentos indesejáveis, é somente nela e a partir dela que podemos de fato construir um cenário mais interessante.
A fantasia se esgota em si mesma, no mero pensamento. É inconsistente, impossibilitando muitas vezes o contato com a realidade.
Os sonhos por outro lado, se distinguem das fantasias. Baseiam-se em esperança e fé naquilo que ainda não é. Mas eles se diferenciam das fantasias porque têm um mapa, um plano de ação realizável. Neste sentido, sonhar (e não propriamente fantasiar) é extremamente útil. Impinge sentido às nossas lutas… nos gratifica com doses extras de energia para pagarmos o preço, para enfrentarmos com altivez as agruras que a vida impõe.
Sejamos pois sonhadores…mas daquele tipo que não acredita em “papai noel” e é capaz de arregaçar as mangas e trabalhar de forma persistente e lúcida em direção àquilo que nos faz sentido.