Muitas vezes o mal vem disfarçado em bem. Isto ocorre por exemplo naquelas famílias em que os pais ou cuidadores em nome de um suposto “amor”, acabam infantilizando os filhos ao fazerem por eles algo que caberia a eles aprenderem a fazer por si mesmos de acordo com as diferentes idades e graus de maturidade. A boa parentagem, contudo pressupõe oferecer continência e acolhimento emocional sem precisar infantilizar. Pressupõe preparar os filhos para os embates da vida. A proteção excessiva nada mais é que abuso psicológico disfarçado em “cuidado” e que só vai gerar insegurança, perpetuando o vínculo de dependência ou estimulando que no futuro, esse filho adulto continue tendo dentro de si, uma criança que se sente incapaz de gerir a própria vida, que duvida das suas percepções e acaba criando vínculos de dependência emocional ao delegar a terceiros certas responsabilidades que lhe são próprias seja no tocante ao auto amor, ao provimento de necessidades materiais e mesmo a busca da própria felicidade. A superproteção fala mais de uma necessidade dos pais de manterem controle e poder sobre seus filhos, do que de uma necessidade dos filhos. É uma forma dos pais se sentirem eternamente “imprescindíveis” mantendo uma relação de assimetria mesmo na vida adulta dos filhos e que nada tem a ver com amor.
Amor verdadeiro empodera, dá asas, prepara o filho para o mundo !
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